Ruptura de barragens e mamíferos

um retrato do cenário anterior ao desastre de Mariana

Autores

  • Gisela Sobral Setor de Mastozoologia, Departamento de Vertebrados, Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, MN-UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brazil
  • Gabby Guilhon Setor de Mastozoologia, Departamento de Vertebrados, Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, MN-UFRJ, Rio de Janeiro, RJ; Laboratório de Mastozoologia, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, Belo Horizonte, MG, Brazil.
  • Filipe Gudinho Setor de Mastozoologia, Departamento de Vertebrados, Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, MN-UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brazil
  • Salvatore Siciliano Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos (GEMM-Lagos), Fundação Oswaldo Cruz, FIOCRUZ, Rio de Janeiro, RJ, Brazil
  • Lisieux Fuzessy Centre de Recerca Ecològica i Aplicacions Foresta (CREAF), Universitat Autònoma de Barcelona, Catalunya, Spain.

DOI:

https://doi.org/10.32673/bjm.vi90.48

Palavras-chave:

Barragem de Fundão, Coleções de museu, Lista anotada, Revisão bibliográfica, Rompimento

Resumo

O Brasil viveu a maior catástrofe socioambiental de sua história, causada pelo rompimento de uma barragem de rejeitos, conhecido como “desastre de Mariana”. A onda de resíduos da mineração de ferro soterrou vilarejos, contaminou o rio Doce e deixou uma imensa pluma oceânica. Embora os efeitos de tais eventos trágicos sejam geralmente avaliados por meio de mudanças na assembleia de peixes, os mamíferos têm efeitos importantes na estrutura e regeneração do ambiente. Nesse sentido, inventários são de primordial importância para esforços de conservação adequados, bem como para avaliar os impactos de qualquer desastre. Portanto, o objetivo deste trabalho foi apresentar uma lista atualizada de mamíferos coletados na porção afetada do Rio Doce, contribuindo assim para futuros esforços de conservação. A coleta de dados compreendeu espécimes depositados no Museu Nacional/UFRJ, a coleção de mamíferos mais antiga do Brasil, e revisão da literatura. Nosso levantamento resultou em 157 espécies de 31 famílias e 11 ordens, o que representa cerca de 60% da diversidade de mamíferos conhecida na Mata Atlântica, incluindo alguns em estado crítico de conservação, como a toninha, o muriqui-do-norte e a ariranha. O rio Doce é um dos principais rios do país, e está localizado no domínio da Mata Atlântica, com destacada relevância econômica, social e biológica. A mineração é um subproduto da sociedade atual, sendo o rompimento de barragens um problema recorrente. Portanto, a cascata de eventos dessas catástrofes deve ser considerada, e táxons menos comumente analisados, como os mamíferos, devem ser incluídos em estratégias de reabilitação ambiental.

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Publicado

2021-12-13

Como Citar

Sobral, G., Guilhon, G., Gudinho, F., Siciliano, S., & Fuzessy, L. (2021). Ruptura de barragens e mamíferos: um retrato do cenário anterior ao desastre de Mariana. Brazilian Journal of Mammalogy, (90), e90202148. https://doi.org/10.32673/bjm.vi90.48