Identificação de mamíferos com base na microestrutura de pelos-guarda: adaptações metodológicas e novos padrões morfológicos
DOI:
https://doi.org/10.32673/bjm.vie92.123Palavras-chave:
Identificação de espécies, Morfologia de pelo, Padrão cuticular, Padrão medular, TricologiaResumo
A caracterização dos padrões microestruturais de pelos é um importante instrumento para estudo da dieta e da ecologia de mamíferos, representando um método acessível para identificação de predadores e suas presas. O presente estudo teve como objetivos: (1) descrever adaptações metodológicas desenvolvidas para otimizar protocolos tradicionais de análise de pelos-guarda; (2) propor ajustes na classificação dos padrões morfológicos de medula e cutícula; e (3) estabelecer o padrão microestrutural de pelos de mamíferos brasileiros para auxiliar na identificação de presas e predadores em estudos baseados em amostras fecais. Foram analisados pelos de 53 espécies de mamíferos, incluindo espécies de pequeno (n=16), médio (n=28) e grande porte (n=9), distribuídos em 24 famílias e nove ordens. As ordens com mais espécies analisadas foram Carnivora (n=14), Rodentia (n=13) e Didelphimorphia (n=8), enquanto as famílias mais representativas foram Didelphidae (n=8), Cricetidae (n=7) e Felidae (n=6). Dentre as espécies analisadas, 13 (24,5% do total) não tinham padrões microestruturais descritos em estudos desenvolvidos anteriormente em território brasileiro: Alouatta guariba, Blarinomys breviceps, Bradypus torquatus, Callicebus personatus, Callithrix geoffroyi, Dasyprocta leporina, Hylaeamys seuanezi, Potos flavus, Priodontes maximus, Rhipidomys mastacalis, Sapajus robustus, Sylvilagus minensis and Tayassu pecari. Nomenclaturas mais descritivas foram propostas em relação aos padrões observados e novos padrões foram descritos para as espécies avaliadas em estudos anteriores. Os resultados obtidos contribuem para que o diagnóstico das espécies seja mais preciso, contribuindo para o desenvolvimento de estudos futuros.
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